Governo diz que não apoiará criação de novo imposto para financiar saúde

José Múcio afirou que governo não quer reviver desgaste da votação da CPMF.
Segundo ele, o tema foi debatido na reunião de coordenação política desta segunda.

O ministro das Relações Institucionais, José Múcio, disse nesta segunda-feira (19) que o governo não apoiará a criação de um novo imposto nos moldes da Contribuição Provisória sobre Movimentação Financeira (CPMF) para financiar o aumento dos investimentos na área da saúde. Segundo ele, o tema foi bastante debatido na reunião de coordenação política na manhã desta segunda-feira e o governo chegou à conclusão de que não deve se envolver nessa negociação no Congresso.

"Foi discutida (a proposta de recriação da CPMF) e não será recriada. Governo espera que, da mesma forma que a Casa aprovou por unanimidade no Senado e vai ser votado no dia 28 na Câmara a Emenda 29, que estabelece despesa que daqui a quatro anos representam uma despesa de R$ 23 bilhões se aprovada, que se procure e se proponha uma forma de receita", afirmou Múcio.

Segundo ele, o governo não quer reviver o desgaste político sofrido no final do ano passado quando a Proposta de Emenda Constitucional (PEC) para prorrogação da cobrança da CPMF foi derrotada no Senado.

"Governo não vai interferir nisso. Assim como governo não foi ouvido para aprovação, governo não vai interferir se a Casa criar fonte de receita. Da outra vez, movimentamos os aliados e não tivemos sucesso, não queremos entrar em quebra de braço novamente com a Casa. Ninguém esqueceu aquilo. Não foi uma coisa boa para o governo (a derrota da CPMF)", comentou o ministro.

Segundo ele, o ministro da Fazenda, Guido Mantega, chegou a apresentar um estudo sobre o aumento de arrecadação proposta pela base no Congresso, mas a conclusão é que seria insuficiente para financiar o projeto que aumenta os repasses para a saúde.

Via: G1

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